A Ucuuba é uma árvore da Amazônia ameaçada de
extinção, muito procurada por sua madeira leve e clara. Quem a derruba,
no entanto, não vê que o seu verdadeiro valor está nas sementes. Elas
são fonte de uma manteiga natural, que promove uma reparação profunda na
pele.
O potencial da Ucuuba foi identificado
pela Natura em 2004, durante o mapeamento de várias espécies para o
desenvolvimento de óleos e manteigas a partir de matérias-primas
encontradas na Amazônia. Mas foi só em abril de 2015 que a empresa
lançou a linha Ekos Ucuuba, depois de um longo processo de pesquisa.
O
grande diferencial dos produtos é o toque seco que a manteiga
proporciona, acompanhado de uma hidratação de até 48 horas, consequência
da alta concentração de compostos que promovem esse efeito prolongado. A
manteiga de Ucuuba ainda estimula a produção de colágeno e elastina.
Estímulo à preservação ambiental
Ao
transformar a semente em um produto inovador, a Natura gerou renda para
comunidades na Amazônia e estimulou a preservação ambiental. Só em
2016, uma área equivalente a 150 campos de futebol foi conservada na
região com o aproveitamento da Ucuuba na indústria cosmética.
Entre
os produtos da linha Ucuuba estão sabonetes que proporcionam até oito
horas de hidratação, o que, segundo pesquisadores envolvidos no seu
desenvolvimento, representa muito mais do que outros produtos
disponíveis no mercado.
Natureza dita as regras
Cintia
Ferrari, gerente científica da área de tecnologia de ingrediente e
especialista em óleos e gorduras, explica que um projeto como esse traz
consigo uma série de desafios, sendo um deles relativo à variabilidade
de características da matéria-prima de origem natural.
“Você
pode ser o maior especialista no assunto, mas, quando vai para a
natureza, quem dita as regras é ela. Se o tempo está seco, mudam as
características, se chove mais, mudam as características. O trabalho é
longo porque temos de tentar pegar o máximo de safra e variáveis dessas
safras para termos uma especificação mais robusta”, fala.
Pequenos produtores
Por
esse motivo, é essencial garantir a qualidade da semente e para tanto é
necessário conscientizar os pequenos produtores, de cooperativas
parceiras de fornecimento, da importância deles na cadeia produtiva.
“Precisamos
mostrar como a qualidade da semente impacta no produto. Não existe óleo
ruim, existe semente ruim. Temos de engajar e capacitar essas
comunidades para mostrar a importância de padronizar a qualidade da
matéria-prima para manter a qualidade do produto final”, diz Cintia.
Todos os produtos acima podem ser encontrados no meu espaço dogital:
http://rede.natura.net/espaco/ILDICA
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